‘HERÓI NACIONAL’, DISSE BOLSONARO SE REFERINDO AO CORONEL USTRA
O presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta quinta-feira (8) que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi durante a ditadura militar, é um “herói nacional”. Bolsonaro já tinha feito menção a Ustra na votação da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, dizendo que tinha sido o “terror” da presidente.
Ustra chefiou o DOI-Codi entre 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, onde foram registrados cerca de 45 casos entre mortes e desaparecimentos forçados, de acordo com informações da Comissão Nacional da Verdade, a qual apura dados e casos de desaparecimentos e torturas durante o período da ditadura militar.
A declaração foi dada na saída do palácio da Alvorada, onde disse também que tem um almoço agendado com Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, esposa do coronel Ustra. “Tem um coração enorme. Eu sou apaixonado por ela. Não tive muito contato, mas tive alguns contatos com o marido dela enquanto estava vivo. Um herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer”, afirmou o presidente.
Ustra que foi o primeiro militar brasileiro a responder processos por tortura durante a ditadura, foi julgado em 2008 pelo juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível Central de São Paulo, onde foi julgado procedente a autoria dos crimes de tortura durante o período em que esteve a frente do DOI-Codi.
Em 2012 ele foi condenado a pagar indenização por danos morais à esposa e à irmã do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto em julho de 1971. Ustra morreu em 2015, aos 83 anos. Com informações do G1.