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22 DE ABRIL: DESCOBRIMENTO OU INVASÃO DO BRASIL?

Dia 22 de abril é considerado o “dia do descobrimento do Brasil”, foi nessa data em 1.500 que os portugueses chegaram ao território brasileiro através do que se conhece como as grandes navegações. 

Apesar deste fato ser amplamente falado nos livros de história do Brasil, há uma parte dela que é ocultada. Nos dias atuais, existem controvérsias quanto ao termo “descobrimento” que marca o começo da colonização e exploração dos povos que habitavam no litoral baiano. 

Há mais de 500 anos atrás, Pedro Álvares Cabral e aqueles que desembarcaram com ele em busca de ocupar as terras brasileiras, tiveram o encontro com os povos indígenas e também um choque de culturas. 

É a partir desse choque cultural, que se tem início a colonização portuguesa no Brasil, período que corresponde a um processo massivo de extermínio da população indigena, invasões, conflitos entre portugueses e indígenas, doenças contagiosas vindas de Portugal se espalhando no Brasil e exploração das terras brasileiras e também dos povos. Ou seja, o descobrimento do Brasil foi um processo marcado pela violência colonial.

Um projeto brasileiro chamado DNA do Brasil, sequenciou o genoma de 40 mil brasileiros com objetivo de resultar em uma base de dados genéticos mais abrangente na população. Dentre outras coisas, o que se pôde constatar foi a marca atroz do período colonial e da escravidão.

 Dados mostram que 70% das mães que deram origem à população brasileira são africanas e indígenas, mas 75% dos pais são europeus. A razão remonta aos anos colonização onde o estupro de mulheres negras e indígenas escravizadas era o padrão.

A exploração violenta e extermínio em massa também fizeram com que os homens indígenas quase não deixassem descendentes. Eles representam apenas 0,5% do genoma na população, enquanto as mulheres nativas somam 34%.  

Que neste dia 22 de abril possamos refletir sobre a história do nosso país por uma outra perspectiva. Parafraseando Edmund Burke: “um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.” 

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