O título desta coluna é uma homenagem póstuma ao meu irmão sanguíneo Antonio Alaerte, jornalista capixaba, respeitadíssimo no meio, lá pelas bandas do sudoeste brasileiro. Escrevia de forma simples, assim como procuro fazer, para melhor compreensão de todos os leitores, inclusive os menos letrados, mas com alto grau de senso crítico. Seus textos influenciaram decisões importantes nos governos do Estado do Espírito Santo e na capital Vitória. Tinha a cultura no sangue, seu foco principal, mas quando enveredava pela política era um Deus nos acuda.
Sou apaixonado pela comunicação, de todas as suas formas e linguagem, por entender que Chacrinha, o velho guerreiro, tinha razão quando dizia que quem não se comunica se trumbica. Muitas vezes a falta de comunicação entre governos e as pessoas provoca a queda do poder. No convívio conjugal a falta de comunicação pode ocasionar separações. Patrões e empregados vão a justiça dirimir discrepâncias porque não se comunicaram corretamente. Emfim, a comunicação, se feita corretamente evita muitos estragos na vida da gente.
Claro que estou falando da boa comunicação, aqui, especificamente, do jornalismo sério, crítico, porém verdadeiro. Nos tempos atuais existe o famigerado fake news, que é desinformação e não o contrário. Está incluso dentre os grandes males causados pelo imediatismo oferecido pela tecnologia. Cada vez mais o povo precisa estar atento aos veículos de comunicação idôneos, que façam jornalismo responsável e por isso mesmo aceitei o convite do iPolítica Bahia para publicar a coluna semanal ACONTECÊNCIAS. Não que outros veículos não façam jornalismo sério, mas por este eu coloco a mão no fogo.
Adotarei estilo sarcástico, às vezes, mas sempre na linha de conduta ética. A pauta da coluna ACONTECÊNCIAS da próxima semana será comentários sobre a formação de “ilhas dentro dos governos”.
EXCRESCÊNCIAEstranho, pra não dizer absurda a reforma administrativa encaminhada pelo Prefeito Mario Alexandre à Câmara de Vereadores de Ilhéus. Na proposta da estrutura administrativa fica criado quatro Secretarias Especiais, que de especiais não tem nada, vez que na verdade são reduzidas suas significâncias que pode ser observado a partir do valor da remuneração dos respectivos Secretários. Os Secretários do “primeiro” escalão ganham em torno de 40% a mais do que os de “segundo escalão”. Isso só já seria de se estranhar, mas o absurdo é que as secretarias “rebaixadas” são as que deveria ter maior importância. São elas, TURISMO, MEIO AMBIENTE, CULTURA e JUVENTUDE ESPORTE E LAZER.
Desnecessários maiores comentários para tal excrescência, mas é certo que nessa ordem de desimportância dada aos setores estará a falta de dotações orçamentárias significativas. Pelo visto tais Secretarias são apenas para cargos de acomodação de acordos políticos de campanha.
Lamentável!*Josias Miguel é Analista e Marqueteiro Político.