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BAGO DE JACA– ESPECIAL ELEIÇÕES 2022

Os resultados do primeiro turno das Eleições Gerais de 2022 foram promulgados pela Justiça Eleitoral e, a julgar pelos números, o iPolítica não poderia deixar de analisá-los e produzir uma coluna “Bago de Jaca” especialmente para destacar os principais acontecimentos desta eleição.

A VERDADE DAS PESQUISAS

Quando se olha para o resultado em primeiro turno para as eleições presidenciais, muitos podem concluir que os principais institutos de pesquisa do país erraram quando apontavam o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva com 50% das intenções de voto e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, em segundo lugar, na casa dos 37 pontos percentuais. No resultado, a diferença entre Lula e Jair foi bem menor do que o que se apontou pelas pesquisas e essa realidade é possível de se compreender quando ao se proceder as análises, todas elas tinhas margens de erros percentuais que variaram entre dois e três pontos para mais ou para menos, nível de confiabilidade na casa dos 95% e informações ainda mais curiosas que passavam despercebidas: quando perguntados, na média 6% dos entrevistados não sabiam ou não responderam às pesquisas, o que por si só explica a diferença menor de votos entre Lula e Bolsonaro do que aquela que aparecia nos números antes da eleição.

OS NÚMEROS PARA PRESIDENTE

Considerando, portanto, os números apresentados, colocando Lula com 50% e Bolsonaro com 37%, esses 6% que não sabiam ou que não responderam são os que fizessem com que Lula chegasse aos seus 48,43% (os dois pontos percentuais para baixo previstos) e Bolsonaro aos 43,20% (número maior do que os que foram apresentados), com detalhe que, sobre essa votação, embora num primeiro momento pareçam números irrisórios e insignificantes, sobre o seu resultado ainda aparecem, considerando todo o território nacional, 1,59% de votos brancos e 2,82% de votos nulos, o que totaliza quase 4,5% de eleitores que não votaram. O desafio dos dois postulantes, portanto, é conquistar esse eleitorado, que pode fazer muita diferença no resultado final do dia 30 de outubro, data do segundo turno.

JERÔNIMO SURPREENDEU

Na majoritária estadual, ainda que parecesse discurso ideológico puro e simples, o Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou o que vinha apresentando nas campanhas, que foi o crescimento vertiginoso do candidato desconhecido professor Jerônimo Rodrigues, especialmente quando os principais institutos de pesquisas colocavam vitória em primeiro turno para o candidato do União Brasil (UB), ACM Neto, que sentiu o resultado como um soco no estômago do qual ele ainda está se recuperando, frente à diferença de quase dez pontos percentuais entre o primeiro e o segundo colocados.

ONDE BUSCAR OS VOTOS

Para o segundo turno da Bahia, portanto, quando Jerônimo não ganhou por um milímetro de possibilidade, Neto precisa dos 10 pontos percentuais para vencer a eleição e tenta arrebanhá-los no eleitorado do agora ex-candidato João Roma (PL), que conquistou exatos 9,08% do eleitorado. Jerônimo pretende ampliar o seu favoritismo buscando os 2,67% dos eleitores que votaram em branco e os 5,64% que anularam, totalizando-se aí pelo menos 8,31% de votos a mais. Aliado a isso, tem o eleitorado de Kleber Rosa do PSOL, que deve declarar ainda hoje apoio ao petista. Rosa teve 48.239 votos, equivalente a 0,59%, que seriam suficientes para liquidar a fatura no primeiro turno.

SEGUNDO TURNO ACIRRADO, TANTO LÁ QUANTO CÁ

Muita emoção, portanto, se espera para um segundo turno que promete ser disputadíssimo, tanto na majoritária presidencial, quanto na majoritária estadual.

LULA TERÁ DIFICULDADE, SE VENCER?

O retrato do novo Congresso Nacional pode sim colocar o presidente Lula na sua gestão mais difícil no que se refere à relação do presidente eleito com a nova composição do legislativo federal, tanto em nível de Senado, quanto de Câmara, já que uma ampla maioria de eleitos nos estados vieram da base de apoio do atual presidente.

E JERÔNIMO?

Já o candidato a governador Jerônimo Rodrigues, se confirmar em segundo turno a vitória que teve no primeiro, estará, em tese, com a faca e o queijo na mão, já que a maior parte dos eleitos para a Assembleia Legislativa da Bahia, destacando partidos como o próprio PT, PSD e PCdoB formam maioria naquela casa, a partir de 2023.

E POR FALAR EM ASSEMBLEIA…

O Sul da Bahia ganhou por um lado e perdeu por outro nesta eleição. Ganhou com a eleição de Fabrício Pancadinha (SD) para deputado estadual, com os seus 27.338 votos. Esse foi o gol que bateu na trave e entrou, pormenorizando Marcone Amaral (PSD), que conquistou 32.917 votos e Zé Alberto, do PSB (candidato do prefeito de Itabuna, Augusto Castro) que conquistou 41.110 votos. Pancadinha recoloca a cidade de Itabuna no mapa de representação na ALBA, depois de quatro anos em que a cidade ficou ociosa de representantes. Cabe comentar também a vitória de Soane Galvão (PSB), esposa do prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, com os seus 61.399 votos conquistados. Ela foi uma das sete mulheres eleitas para a próxima legislatura, reduzindo a bancada feminina em três vagas em relação a atual composição.

A VITÓRIA DAS MULHERES

Embora o número de candidaturas femininas em 2022 tenha sido maior do que as eleições de 2018 e, a partir dos resultados a Assembleia Legislativa da Bahia passe a contar, a partir de 2023, com três vagas a menos entre elas, foi significativa e histórica a Bahia ter tido pela primeira vez uma mulher como a candidata mais bem votada do estado, Ivana Bastos (PSD), que teve nada mais nada menos do que 118.417 votos. Se uma eleição feminina já aumenta em muito a responsabilidade daquela que foi eleita, essa responsabilidade ganha contornos ainda maiores quando uma das oito eleitas é a mais bem votada da Bahia.

QUEM É IVANA BASTOS?

Ivana Bastos é empresária, dona de uma emissora de rádio em Guanambi, de onde vem sua base política, somada principalmente com Caetité e Salvador, cidades por onde passou e estudou. É formada em Administração pela Universidade do Norte do Paraná.

PARA FEDERAL…

Itabuna perdeu. Ganhou, mas perdeu. A cidade conseguiu votações expressivas para alguns candidatos, mas não o suficiente para eleger qualquer um que fosse. Guinho (UB), conseguiu 15.218 votos; Dr. Isaac Nery (Republicanos), 15.155 votos; Capitão Azevedo (11.871 votos). Como a próxima eleição começa, assim que a atual termina, esses nomes poderão estar na lista dos possíveis prefeituráveis de 2024 de Itabuna.

AUGUSTO DE BEM COM PAULO MAGALHÃES

Embora o seu candidato a deputado estadual, Zé Alberto, tenha tido um bom número de votos, mas não tenha sido eleito, o prefeito de Itabuna Augusto Castro conseguiu fazer o dever de casa no que se refere à reeleição de Paulo Magalhães (PSD), que conseguiu 107.093 votos. Em Itabuna, Magalhães teve mais de 5 mil votos, aqueles que o prefeito considera advindos dos seus mais fiéis escudeiros. Na frente dele, somente os candidatos que são da cidade: Guinho, Dr. Isaac Nery e Capitão Azevedo.

Vice-prefeito de Itabuna Enderson Guinho

E GUINHO, COMO FICA?

Embora tenha sido o candidato federal mais bem votado da cidade, o fato de não ter sido eleito fez com que o vice-prefeito de Itabuna, Guinho, em tese, perdesse força política na cidade. É o que dizem alguns analistas políticos da região. “Ele apostou alto nesta eleição, rompeu com o prefeito Augusto Castro, entregou cargos na gestão que eram ocupados por seus apoiadores e, agora, terá de aguardar até 2024 para convencer o eleitor de que merece uma chance de eleger-se”, disse um deles à Coluna. Por enquanto, como ele mesmo anunciou ao romper com o chefe do executivo municipal, estará trabalhando como “fiscal da prefeitura”.

POR QUE ITABUNA NÃO ELEGEU NENHUM FEDERAL?

O candidato mais bem votado de Itabuna teve 11,54% dos votos na cidade. Os votos brancos e nulos somaram quase 8,5%. Se esses votos fossem para algum dos candidatos que melhor pontuaram no município, poderia ter feito a diferença para que a cidade tivesse um representante nato no Congresso Nacional. Ou seja: a culpa é dos que votaram em branco ou anularam os seus votos somado aos votos dos chamados forasteiros. Sem possibilidade de transferência de responsabilidades para quem quer que seja.

PEGOU MAL

O vídeo que viralizou de um cavalo passeando em plena Avenida do Cinquentenário em Itabuna, nesta segunda-feira (03), em pleno horário de rush, pegou mal para a Secretaria de Transporte e Trânsito (que, na verdade, nem chega a ser a responsável direta pelo fato) e para a Secretaria de Saúde, citando a Central de Zoonoses, que foi chamada para buscar o animal. Para a TV Santa Cruz, que exibiu o vídeo na edição de ontem do BA-TV, houve o famoso “Nós tentamos contato com a Central de Zoonoses de Itabuna, mas não obtivemos resposta”.

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