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DIA INTERNACIONAL DA IGUALDADE FEMININA UMA NECESSIDADE DE CONCRETIZAÇÃO SOCIAL

Por Lara kauark Santana Gilliard

De acordo com a organização Internacional Human Rights Watch (2017), o Brasil está galgando, dia após dia, o topo no ranking dos países que mais matam mulheres no mundo, no entanto, tais índices, são apenas um desfecho macabro, cujo início reside numa violência baseada historicamente na ordem de modelo patriarcal.

O sistema patriarcal sustenta a “cultura do machão”, criando conceitos e estereótipos dos papéis sociais de homens e mulheres, sendo este sistema também responsável pela perpetuação da aversão dos homens às mulheres. Os homens, nesse modelo, devem ser soberanos e comandar a família, ser fortes e não demonstrar fraquezas e para tal, devem se impor, nem que para isso utilizem de violência. E assim são formados os arquétipos de masculino e feminino, dentro de uma perspectiva de gênero baseada em desigualdade.

Durante anos, o homem patriarcal teve a obrigação e o dever de controlar a sua esposa, característica bastante valorizada pela sociedade. Para assegurar filhos legítimos, os maridos aprisionavam suas esposas em casa e restringiam – lhe a vida social, sendo essa uma maneira de coibir o adultério da esposa e garantir a legitimidade da paternidade.

Mulheres subordinadas à dominação do marido, vistas como uma propriedade é a regra básica do patriarcado, que enaltece uma linhagem masculina, reprodutora de desigualdades. Por tudo isso, homens cometiam atos violentos contra a mulher, aterrorizando suas companheiras com questionamentos, vigiando e sufocando-as como forma de controle.

Em um Brasil misógino, os altos índices de violência conta a mulher não se traduz apenas como resultado de uma facilitação do acesso aos órgãos de denúncia, ou pela atual divulgação da mídia, nesses casos. Muitas vezes, mulheres perdem a vida, mesmo depois de esgotadas todas as providências legais protetivas, homens ainda agem como inquisidores e carrascos, através de ameaças, do medo e da violência em suas diversas formas, é a representação do patriarcado e da concepção de que mulher é herdeira da vergonha de Eva, portanto o sofrimento faz parte de sua vida.

Cabe, hoje, 26 de agosto dia internacional da igualdade feminina afirmar que somente quando a ideologia de dominação e opressão acabar, será possível uma sociedade de igualdade, dentro do que está manifesto na Carta Magna de 1988, em que homens e mulheres consigam ser parceiros e aliados, e que o respeito prevaleça sobre a rivalidade.

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