Uma semana marcada por reviravoltas e tensões para o médico Antônio Mangabeira em Itabuna. O profissional de saúde se viu envolto em um turbilhão de denúncias, decisões judiciais e investigações, após ser acusado de assédio sexual por diversas pacientes.
Tudo começou com a atitude corajosa de uma mulher que, no dia 9 de julho, durante uma consulta com o médico, acionou a polícia e denunciou ter sido vítima de assédio sexual. A ocorrência registrada na delegacia local deu início a uma onda de denúncias contra Mangabeira.
Em pouco tempo, mais 20 mulheres se manifestaram, relatando experiências semelhantes com o médico. As denúncias, que ganharam força nas redes sociais, mobilizaram a comunidade e colocaram Mangabeira no centro de um debate sobre assédio sexual e a conduta ética de profissionais da saúde.
Diante da repercussão das acusações, Mangabeira buscou silenciar as vozes das vítimas e imprensa. Ele solicitou uma tutela de urgência à justiça para remover as postagens da advogada Úrsula Catarine nas redes sociais. A advogada havia compartilhado informações sobre as denúncias, amparando as mulheres e dando visibilidade ao caso.
No entanto, o juiz André Britto negou o pedido de tutela de urgência, proferindo uma decisão emblemática. O magistrado reconheceu a importância do direito à crítica e à liberdade de expressão, especialmente em casos que envolvem suspeitas de crimes. A decisão judicial foi recebida com aplausos pelas vítimas e pela comunidade, que a interpretaram como um importante passo na luta contra o assédio e a defesa dos direitos das mulheres.
Enquanto isso, a Polícia Civil segue investigando as denúncias contra o médico. Depoimentos das vítimas estão sendo coletados e provas estão sendo reunidas para embasar o inquérito. As autoridades garantem que o caso terá o devido andamento e que todas as medidas cabíveis serão tomadas para garantir a justiça.