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E AS SOMBRAS, HEIM?!

Artigo de Mariana Benedito

Dia e noite. Sol e lua. Branco e preto. Inverno e verão. Luzes e sombras. Opostos. Complementares. Complementares! Essa é a principal ideia que precisamos ter em mente quando o assunto são as nossas sombras. Todo e qualquer objeto quando posto em direção à luz, automaticamente o que se forma é a sua sombra. E assim somos nós: compostos de aspectos positivos, que revelamos, que mostramos, que manifestamos; e aspectos que interpretamos como negativos, que escondemos, que mantemos obscuros, que renegamos. As sombras nada mais são do que partes, aspectos, características nossas que aprendemos, ao longo de nossa criação e educação, que não eram adequadas, aceitas. A raiva, os desejos sexuais, a demonstração de fraqueza, a vulnerabilidade, os anseios por poder e bens materiais foram construídos, na grande maioria das pessoas, como manifestações negativas, que precisavam ser reprimidas. Só que, por exemplo, a energia da raiva que nos leva à agressividade – quando não é reconhecida – é a mesma energia que impulsiona um pai ou uma mãe a se jogar num rio sem saber nadar para salvar um filho. Não existem emoções positivas ou negativas, quem as categoriza e coloca em caixinhas é a mente, que é constituída por nossas interpretações de mundo, experiências, crenças; e sempre busca analisar e colocar toda e qualquer informação que nos chega logo em algum rótulo ou categoria.

A grande questão que envolve as sombras é que, quando não as reconhecemos em nós – e todos nós temos! – projetamos nossos aspectos destrutivos nas pessoas que nos cercam, no mundo, na maneira como enxergamos a vida. Passamos a ver defeitos em tudo e todos, julgamos e acusamos a todo momento. Enxergamos e somos capazes de enumerar os defeitos do vizinho, do primo, do colega de trabalho. Sempre do outro. O mundo está errado, as pessoas precisam mudar; eu, nunca. Não vemos as nossas próprias sombras. E uma coisa importante a se dizer, também, querido leitor, é que as sombras não são de todo prejudiciais. Não se trata, aqui, de algo que é preciso a todo custo ser “jogado fora”. A grande busca é a integração dessas sombras. Passamos um tempo imenso de nossas vidas dispensando uma energia imensa em mostrar o que não somos e esconder o que somos pelos mais variados motivos. Criamos máscaras, personagens que nos protegem: mostramos e manifestamos todos os aspectos que julgamos como aceitáveis e que, no fundo, nos farão sentirmo-nos amados, e escondemos aqueles que entendemos que nos distanciarão do amor do outro. Mas, a integração de nossas sombras se dá, a partir do momento que, literalmente, paramos de apontar o dedo e percebemos em nós a existência daquele comportamento que julgamos no outro. Existe uma frase bem conhecida do renomado psicanalista Carl Jung que diz que a tudo que se resiste, persiste. Então, hoje, finalizo esta coluna de uma maneira diferente: propondo um exercício. Você, que me lê agora, neste momento, comece a observar seus incômodos. Se uma determinada pessoa te incomoda, seja por qual for o motivo, perceba, em você, de que forma essa característica que incomoda no outro se manifesta aí dentro. Topa? Valendo!

* – Psicanalista em formação; MBA Executivo em Negócios; Pós-Graduada em Administração Mercadológica; Consultora de Projetos da AM3–Consultoria e Assessoria. E-mail: [email protected]

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