ESTUDO APONTA QUE CRISE CLIMÁTICA PODE LEVAR TRÊS MILHÕES DE BRASILEIROS A EXTREMA POBREZA
Mudanças climáticas afetam o PIB
A crise climática é um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta atualmente. As mudanças estão causando impactos cada vez mais intensos e frequentes em todo o mundo, como enchentes, secas, ondas de calor, tempestades e furacões, que afetam a vida das pessoas de diversas formas.
Um relatório divulgado pelo Banco Mundial aponta que os choques climáticos poderão empurrar de 800 mil a 3 milhões de brasileiros para a pobreza extrema já em 2030. Entre os principais riscos para o Brasil estão as secas, as enchentes, os deslizamentos de terra, os incêndios florestais e a elevação do nível do mar.
Além disso, as mudanças climáticas podem levar à escassez de recursos naturais, como água e alimentos , elevação dos preços dos alimentos, redução da produtividade do trabalho e perda em saúde. Importante lembrar que muitas pessoas vivem em regiões propensas a desastres naturais, ou dependem diretamente da agricultura, pesca ou outras atividades que são sensíveis a essas mudanças.
O relatório do Banco Mundial traz sugestões, para que o impacto possa ser menor, como o crescimento inclusivo e mudanças estruturais. Esse documento cita um estudo produzido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento que mostra que o Brasil “pode atingir em breve um ponto de inflexão para além do qual a bacia amazônica não mais teria chuva suficiente para sustentar o ecossistema e garantir abastecimento de água e armazenamento de carbono”.
De fato, as mudanças climáticas podem impactar no PIB( Produto Interno Bruto) de um país. O estudo mostra, que aqui no Brasil, o impacto acumulado até 2050 sobre o PIB é estimado em 920 bilhões de reais, cerca de 9,7 % do PIB atual.
Dessa maneira, o Banco Mundial concluiu que o impacto social e econômico dessa ruptura seria bem elevado com graves consequências para agricultura, abastecimento de água na cidade a mitigação das inundações de geração de energia hidrelétrica.
Ainda de acordo com o documento ,” é necessário agir no sentido de conciliar a disciplina fiscal com as necessidades de desenvolvimento do Brasil e manter espaço fiscal para financiar investimentos e programas voltados para as mudanças climáticas”. O relatoria concluiu que o governo precisa investir em ações de adaptação e mitigação da crise climática.