Com o tema “Por uma verdadeira abolição”, o Movimento Negro Unificado (MNU) de Itabuna, no dia 13 de maio, convida os movimentos sociais, sindicais, estudantil e popular, partidos políticos e toda a sociedade civil para refletir sobre o atual modelo de sociedade e a forma como o racismo segue condicionando os corpos negros a uma situação de vulnerabilidade. O encontro acontecerá neste sábado, às 9h, na Praça Adami, em Itabuna.
13 de maio, é o dia que marca a abolição oficial da escravidão no Brasil em 1888. Essa data durante muito tempo foi comemorada como um presente da Princesa Isabel aos escravizados. Essa visão retirou o protagonismo negro da luta pela sua libertação e foi amplamente difundida na sociedade brasileira. Pensando nisso, o movimento negro, resignificou a data de 13 de maio como o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, destacando a abolição como um processo inconcluso que não garantiu condições mínimas de igualdade à população negra.
Para a coordenadora do MNU Itabuna, Maria Domingas, professora da rede municipal de ensino, especialista em políticas públicas com ênfase em gênero e raça e mestra em ensino e relações etnicorraciais, o significado do tema “Por uma verdadeira abolição” traz a reflexão sobre a desigualdades raciais em diversas áreas, entre elas, educação, moradia, saúde e mercado de trabalho. Domingas pontua a ausência de políticas públicas pós abolição que assistisse efetivamente a população.
“Por isso, continuamos na luta por uma verdadeira abolição. O Brasil chega no século XXI onde 77% das vítimas de homicídios no país são de jovens negros, ainda entre os dados de feminicídio, 68% das mulheres assassinadas eram negras”, disse.
O MNU é movimento nacional que surgiu em São Paulo em 1978, em combate a discriminação, no mercado de trabalho, no esporte, e a violência policial. Em Itabuna o movimento existe desde 2001.
vamos juntos e juntas contra o racismo!!