MESMO APÓS PROIBIÇÃO DO TSE, EMPRESAS MANTÊM DISPAROS EM MASSA
Quase um ano após o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, proibir os disparos em massa para fins políticos, a indústria de mensagens eleitorais por WhatsApp e de extração de dados pessoais de eleitores por Instagram e Facebook continua a operar, relata a jornalista Patrícia Campos Mello.
Investigação da Folha de São Paulo, e denúncias de candidatos a vereador mostram que ao menos cinco empresas oferecem o serviço a postulantes para as câmaras municipais e prefeituras. A prática está sujeita a multa e até a uma eventual cassação de chapa.
Um homem que tenta vender contatos do Instagram diz a um candidato: “Pega uma localização onde você sabe que as vacas vão te dar leite, não adianta você ir lá do outro lado da fazenda para achar aquela vaca magra. Então pega as vacas gordas”. Identificado como Welbert Gonçalves, da Automatize Soluções Empresariais, ele afirma que consegue evitar o banimento dos chips pelo WhatsApp ao fazer envio em massa.
Procurado, declarou que só vende o software. O WhatsApp informou que está enviando notificações extrajudiciais e, em alguns casos, processando empresas que violam seus termos. O TSE criou, com a rede social, um canal de denúncias de notícias falsas e de disparos em massa.