Dezenas de mulheres estão reunidas nessa sexta-feira, dia 01 de setembro, em Salvador, para discutir, dentre outros temas relacionados à Violência Obstétrica, a nova ameaça de fechamento da Casa de Parto Normal da Mansão do Caminho.
As ativistas defensoras dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres se mostram extremamente preocupadas e participam da ” II Conferência CPN Mansão do Caminho – Discutindo Politicas de Atenção da Saúde da Mulher”, para cobrar de representantes da Secretária da Saúde do Estado, explicações.
A Secretária de Saúde da Bahia, Roberta Santana, não se fez presente no evento, até então, mas algumas representantes da Sesab relatam que o contrato de funcionamento da CPN termina agora em 20 de setembro de 2023, e *não há nenhuma resposta institucional quanto à garantia de permanência e funcionamento* desse estabelecimento de saúde, a CPN -Mansão do Caminho.
Além disso, o governo municipal de Salvador também não se proncuncia e não sinaliza qualquer interesse na manutenção desse espaço.
A saúde das mulheres gestantes e de diversos bebês continua, portanto, sob dúvidas e interrogações, pois, estando sem respostas objetivas quanto a manutenção do contrato na CPN- Mansão do Caminho, a Violência Obstétrica tende a seguir seu curso normal, trazendo muito desalento às famílias e mulheres.
A CPN- Mansão do Caminho já realizou mais de 7 mil partos naturais na Bahia, é pioneiro do projeto nacional da Rede Cegonha (SUS) e está inscrita na pesquisa nacional Nascer no Brasil.
Ela simboliza práticas saudáveis de assistência e partejamento, que respeita os corpos femininos, preserva elementos de autonomia da mulher e reduz intervenções desnecessárias e violentas na hora do parto.