PRÉ-CANDIDATO A VEREADOR, NAPOLEÃO SANTANA DEFENDE FUNDESB E RECHAÇA DESPREPARO PARA LIDAR COM O TEMA “DEFICIÊNCIA”
O presidente licenciado da Fundação da Pessoa com Deficiência do Sul da Bahia (FUDESB) e pré-candidato a vereador de Itabuna Napoleão Santana (MDB) foi o terceiro entrevistado, das três edições especiais que o podcast Café iPolítica realizou na última segunda-feira, 08/07, ancorado por Naty Almeida e Ricky Mascarenhas, quando falou sobre sua motivação ao projeto de pré-candidatura, destacando o seu trabalho há 12 anos como presidente da fundação, entidade com 41 anos de existência. (Confira entrevista completa aqui)
Das frases fortes que trouxe para o bate-papo, “Ninguém sente a dor do deficiente” foi lançada de pronto, justificando o seu projeto de postular um cargo no legislativo itabunense. “Precisamos de um representante das pessoas com deficiência no nosso legislativo”, apontou.
Falou de enfrentamento de preconceitos, mas que sempre soube dos seus direitos; seus e de todas as pessoas com deficiência (PCDs). Falou da importância do departamento jurídico da FUNDESB na defesa desses direitos, embora não esteja atuando com presidente por força da legislação eleitoral, mas permaneça como membro associado.
Apontou Itabuna como uma cidade que não está preparada para PCDs e que, por convicção, seja aonde for, “onde minha cadeira não puder entrar, eu não entro. Não sou bagagem para ser carregado”, disse lamentando situações em que, ao chegar em eventos sociais e festivos que não têm acessibilidade e que acontecem em pavimentos superiores, recusa-se ao acesso com ajuda de terceiros.
Das ações a frente da fundação, falou das 350 cadeiras de rodas que já foram distribuídas gratuitamente para pessoas de baixa ou nenhuma renda, entre cadeiras de assento e cadeiras de banho.
Criticou o poder público municipal por diversos aspectos no trato de PCDs. A começar pelo abandono da sede da FUNDESB, hoje um espaço de 12 m², insalubre. Disse que já provocou a prefeitura por diversas vezes manifestando a necessidade da reforma do local e que, até o momento, o projeto não saiu do papel.
Sobre a avaliação que fez da atual composição da Câmara Municipal, disse que dos 21 vereadores, nenhum fez valer o papel de fiscalizar o poder executivo.
Falou sobre o Plano Municipal de Mobilidade, sobre o qual expôs que “não adianta ter um plano e não ter fiscalização”. Disse, inclusive, que a FUNDESB foi uma das instituições que ajudou a construir o plano.
Quanto ao posicionamento do seu partido e o sua escolha pessoal sobre quem apoiaria para a campanha majoritária, uma vez que o nome defendido até então, o do ex-prefeito Geraldo Simões (PT) vem perdendo fôlego cada vez mais, disse aguardar a orientação dos líderes, mas que ele, particularmente, tem profunda admiração pelo projeto de governo do pré-candidato Isaac Nery (PDT). Não sabe se será ele o candidato apoiado pelo MDB e que escolha sobre esse nome é personalíssima.
Desmistificou os motivos que levam as vagas das empresas, criadas por força de lei, a não serem preenchidas, indicando que, muitas vezes, a pessoa não tem a formação adequada para inserção no mercado ou não o faz por receio de perder a renda beneficiária que percebe do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Sobre o vereador que avalia como aquele que não merece ser reeleito, foi direto, rápido e taxativo na sua resposta: Sivaldo Reis (PSD).
Segundo Santana, o então candidato a vereador, em 2020, se aproximou da FUNDESB e dos seus associados. Doou algumas cadeiras de rodas, ganhou a confiança dos dirigentes da fundação com a promessa de que, se eleito fosse, faria muito mais em prol da fundação. “[Teve] os assessores dele, procuraram a associação para receber apoio, [levou] cadeiras, fraldas e, depois de eleito, simplesmente sumiu. Era o candidato que a gente tinha como uma pessoa que poderia nos ajudar e não levantou um dedo para nos ajudar. Para mim, faltou respeito a fundação”, desabafou.
Encerrou sua entrevista falando do tema “assistencialismo político” e que, ele próprio, pré-candidato a reeleição, já foi solicitado a doar o que ele denomina ‘kit construção’ (areia, blocos e cimento) em troca de apoio e de votos. Disse que quer vencer a eleição por força de suas ideias.
Para assistir ou reassistir a entrevista, o podcast Café iPolítica está hospedado no canal iPodcasTV, no You Tube. As entrevistas com pré-candidatos(as) à vereança têm sido realizadas pontualmente ou extemporaneamente de segunda à sexta, geralmente, às 18h.
Os apoios são da Soluz, Colégio Ieprol, Arrazze Camisetas, do Supermercado Leal, Leal Classic Hotel, UNEX Universidade de Excelência, Fabricante e Distribuidora de Bebidas Coroa, Energético Bad Wolf e Boteco Gaúcho.