Em nota, a Rede Sustentabilidade alerta para o avanço das forças que querem parar a Lava Jato para deixar impunes aqueles que assaltaram os cofres públicos. O sistema político está se fechando para se proteger das denúncias e se isola cada vez mais da sociedade.
De acordo com a nota, a primeira denúncia contra o presidente Temer já foi arquivada pela Câmara Federal e a segunda está ganhando o mesmo destino, apesar das fartas provas apresentadas pelo Ministério Público. Ele só será investigado quando deixar a presidência.
Os inquéritos que investigam o envolvimento de 238 parlamentares em crimes de corrupção estão parados na Procuradoria-Geral da União e no Supremo Tribunal Federal devido ao foro privilegiado, enquanto 116 empresários e operadores financeiros já foram condenados em primeira instância pela operação Lava Jato.
A nota diz ainda que a decisão de submeter o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB) ao julgamento dos próprios senadores, onde a maioria está sendo investigada ou é réu, equivale à absolvição antecipada. “Já tivemos uma mostra da isenção dos “juízes” no arquivamento da denúncia apresentada pela REDE à Comissão de Ética do Senado contra Aécio, sob a alegação de insuficiência das provas. Essa é a mesma alegação que está sendo usada pelos deputados governistas para livrarem o Temer. Temos uma situação única, em que há corruptores mas não há corruptos.”