SERVIDORES PROTESTAM CONTRA A REFORMA ADMINISTRATIVA NO AEROPORTO DE SALVADOR, NESTA TERÇA-FEIRA
Diante disso, integrantes do Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público, que reúne 28 entidades, fizeram, no início desta manhã, no Aeroporto de Salvador, uma manifestação para convencer a opinião pública e pressionar os parlamentares para votar contra a matéria. Eles distribuíram panfletos para esclarecer a população acerca dos prejuízos que serão levados à sociedade caso a PEC seja aprovada.
Integrante do Fórum, Luciana Liberato lembrou que, caso seja aprovada, a Reforma Administrativa, restringirá o acesso de cidadãos aos serviços públicos, bem como trará impacto negativo na qualidade da prestação deles, uma vez que propõe deformações estruturais, especialmente na saúde e educação. “Essa restruturação, que na verdade é um desmonte, especialmente na política educacional, atingirá negativamente as universidades públicas (federais e estaduais) e, consequentemente, a produção científica no Brasil, pelas quais respondem por mais de 95%, nas mais diversas áreas do conhecimento, como medicina, agricultura, física e ciências do espaço, engenharias, ciências humanas e sociais, eis que o intuito é restringir investimentos públicos e privatizar a educação”, observou.
De acordo com o Fórum, a PEC 32 trará a limitação dos serviços públicos, beneficiará crimes e perseguição ao servidor, vai retirar direitos dos atuais funcionários, favorecerá o apadrinhamento político em cargos públicos, irá facilitar o direcionamento em licitações, dará super-poderes ao presidente da República, vai restringir investimentos em Saúde, Educação e Segurança Pública, facilitará a demissão de servidores sem justa causa, dificultará a aposentadoria e não impedirá os super-salários.
Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho (Sindprev), ressaltou que o fim da estabilidade no serviço público, como propõe a PEC, terminará com as carreiras mediante concurso público e farão com que os cargos de Estado funcionem como moedas de troca para barganhas políticas. “É a volta do chamado ‘Trem da Alegria’”, disse.