O ex-governador Sérgio Cabral, condenado a cerca de 280 anos de prisão, afirmou nesta segunda, 10, ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que a sua mulher, Adriana Ancelmo, tinha conhecimento das irregularidades praticadas pelo escritório de advocacia em que era sócia. “Ela sabia que meus gastos eram incompatíveis com a minha receita formal”, disse Cabral. Até então, Cabral vinha poupando a mulher nos depoimentos. Ele, no entanto, fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal em dezembro, em que espera obter benefícios enquanto condenado em troca de novas revelações. As tratativas foram homologadas pelo ministro Edson Fachin, do STF.
A audiência foi feita no contexto de investigações sobre o uso do restaurante Manekineko para lavar dinheiro durante o governo Cabral (2007-2014). A denúncia aponta que essas operações ocorreram no escritório de Adriana, que teria “esquentado” dinheiro oriundo de corrupção. Em 2016, a Operação Calicute apontou um “crescimento vertiginoso” do escritório de Adriana durante os dois governos de Cabral. Com informações do Estadão.
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