A estudante itabunense, Stefani Firmo, vítima de uma facada no rosto dentro de um ônibus no trecho entre Recife e Salvador, concedeu uma entrevista exclusiva para o iPolítica onde relatou detalhes sobre o caso da agressão sofrida. A jovem voltava de uma prova de residência na capital pernambucana e foi covardemente agredida enquanto dormia por uma outra passageira desconhecida sem que houvesse nenhum motivo. A suspeita tinha embarcado em Recife junto com Stefani e apresentava um comportamento normal, segundo a vítima.
Stefani relatou que sentiu um grande impacto, o que a fez acordar com o susto, dores e com o rosto muito ensanguentado, e não viu ninguém ao seu redor. As câmeras de segurança do ônibus mostraram a rapidez que a agressora realizou a atitude. “Em nenhum momento eu cheguei nem a ver o reflexo da mulher, as imagens foram divulgadas e dá para ver a velocidade dela. Eu recebi muitas mensagens questionando sobre isso, como se eu tivesse sido dopada, mas não, assim que fui atingida eu acordei”, disse Stefani.
A estudante também revelou o descaso e falta de assistência por parte da empresa de transporte e da polícia. Segundo Stefani, “a polícia não teve nenhuma conduta de me escoltar, pelo menos um policial entrar dentro do ônibus até a delegacia. A gente sabia que um crime tinha acontecido, a lesão mostrava que não foi acidente”. Emocionada, Stefani também relatou o fato desesperador da delegacia do Conde, cidade mais próxima, estar fechada e da demora da chegada da viatura. Após prestar queixar e passar horas prestando depoimento, a polícia encontrou com a suspeita uma faca, uma tesoura e um canivete. Mesmo após toda a situação Stefani e os demais passageiros foram obrigados a seguir viagem com a mulher no mesmo ônibus.
A violência ocorrida com Stefani é consequência da falta de segurança nas rodoviárias e transportes coletivos e urbanos. Muito abalada, Stefani falou que infelizmente precisou acontecer uma tragédia dessa proporção para que “tomássemos consciência da insegurança que todos estão expostos”. Mesmo muito fragilizada e abalada psicologicamente e fisicamente, a jovem está em uma luta para que a justiça seja feita. Todas as medidas judiciais contra a empresa de transporte, os policiais e a principal suspeita já foram devidamente tomadas.
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