A água que usamos para tomar banho e cozinhar é potável. Em teoria, sempre será própria para uso. Mas, uma pesquisa do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, a partir de dados sobre a qualidade do líquido consumido pelos baianos, entre os anos de 2018 e 2020, aponta que em sete de 196 cidades do estado, surgiram índices acima do permitido de substâncias cancerígenas pelo menos uma vez. O que representa 3,5% do total de municípios testados.
O maior responsável pela contaminação é um componente gerado no próprio tratamento do recurso hídrico. As cidades de Camaçari, Cruz das Almas, Itabuna, Itiruçu, Jequié, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista foram as sete dentre as listadas no levantamento que apresentaram contaminação.
Os dados da pesquisa do Sisagua/MS foram compilados pelo Mapa da Água, da Agência Repórter Brasil e cedidos ao Correio. A cada quatro cidades do país onde foram realizados os testes, uma, ao menos, teve como resultado água contaminada.
Em Cruz das Almas, somente dois testes de qualidade foram realizados e os dois identificaram água imprópria. Em Itiruçu, de dois, um teste foi reprovado. Nas cidades da Região Metropolitana de Salvador, dois dos 14 testes feitos em Lauro de Freitas foram reprovados. Já em Camaçari, a testagem foi muito maior, do total de 3.677, apenas um identificou água contaminada. A quantidade de testes segue a frequência definida de acordo com o tamanho da população abastecida, segundo a Embasa.
Em Itabuna, 33 das 2.085 amostras foram reprovadas. Na cidade de Vitória da Conquista, duas das 275 amostras estavam contaminadas. Já em Jequié, um do total de 247 amostras teve as substâncias tóxicas encontradas acima do limite. Em seis das sete cidades, os componentes encontrados acima do patamar de segurança foram os ácidos haloacéticos.
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