Por Aleandro Souza
Canavieiras, no sul da Bahia teve em 2016 uma das eleições mais disputadas da região. O contraditório dava-se inicio quando o medico Dr. Almeida (PPS) venceu as eleições com 36,87% dos votos. Uma surpresa, porque todos acreditavam na reeleição do prefeito Almir Melo.
O governo de Almeida começou marcado pelo rompimento com o seu vice prefeito Medradinho e seu grupo. Outro contraditório, pois a sua vitoria seria impossível sem o apoio deste grupo. Junto a isso a fumaça da justiça eleitoral começava a pairar. As contas de campanha do prefeito eleito foram reprovadas e com isso duas ações eleitorais se concretizaram contra ele. Almeida então desconsiderou as ações e não as levou a sério. Contradizendo a nova realidade do país que agora condenava até mesmo um ex-presidente.
Os primeiros meses a população reclamava pela inoperância administrativa quando nem mesmo a coleta de lixo estava sendo realizada de forma efetiva.
Contradizendo o que falava em palanque o governo começou a investir em festas populares e atrelado a isso começou um volumoso investimento em divulgação, supervalorizando ações de obrigação básica de qualquer governo municipal.
A busca eufórica por popularidade pareceu por hora que ele estava conquistando plenamente.
Sentindo-se um super-homem como postou em suas redes sociais, tomou gosto pelo mundo político e começou a fazer alianças em todas as direções. Recebeu o governador Rui Costa (PT), mas também recebeu representantes de ACM Neto e de Paulo Souto,, do DEM e prometeu a ambos lealdade.
Com as orientações do seu partido, PPS, que é da base de ACM Neto, constituiu em seus processos o advogado Dr. Michel Soares Reis, irmão do vice-prefeito de Salvador Bruno Reis (PMDB). Reafirmando assim o compromisso com o grupo de Neto.
Seguindo o seu plano, recebeu dias depois, em palanque na festa do padroeiro, Rui Costa quando jurou lealdade ao governador citando que iria apoiar os deputados da base como Paulo Magalhães, Ângela Sousa, Nelson Pelegrino.
Nesta miscelânea do contraditório o prefeito pode ver seu império ruir em pouco mais de um ano de governo, quando neste próximo dia 29 as duas ações movidas contra ele vão ser julgadas em segunda instância n o TRE em Salvador.
Detalhe, que os tempos são outros e contradizendo, até Lula caiu.
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