Por Leléu Rodrigues
Quando um candidato a prefeito não está pontuando bem nas pesquisas, suponhamos que esteja classificado de segundo lugar abaixo, é incrível como ninguém quer ser seu parceiro de chapa. Quando o nome do suposto escolhido é mencionado, e este toma conhecimento, imediatamente se antecipa em negar o convite, mesmo que ainda não tenha sido formulado oficialmente. O cara evita reunião com o grupo ou com o candidato, alega compromissos, enfim, para alguns e na mente deles, ser candidato a vice de quem não lidera pesquisa é passar vergonha, é se desentender com amigos e familiares, a não ser se o partido decidir por uma chapa puro sangue, os dois da mesma sigla, ou quando alguém aceita apenas para colocar seu partido em evidência ou por exigência e determinação superior.
Quando se trata de ser candidato a vice na chapa de quem lidera pesquisa e tem chances reais para vitória, literalmente, isso mesmo, literalmente tudo muda, fica belo e maravilhoso, pelo menos na imaginação de quem não está pelo lado de dentro do processo, e que não vive na pele as disputas convenientes que somente Deus sabe quais são de acordo a personalidade e o caráter de cada um.
Para quem imagina ser fácil a escolha de alguém pra ser candidato a vice na chapa de um candidato que lidera em pesquisa, estão enganados, pois além das conveniências, existem as vaidades, os ciúmes, as invejas, e acreditem, não há qualquer possibilidade de uma escolha consensual, por unanimidade, isso acontece em qualquer parte do mundo, inclusive e principalmente aqui em Itabuna.
Jamais falarei em caráter generalizado, já que não são todos, mas dentro de qualquer grupo de um candidato a prefeito que lidere pesquisa, pessoas sem expressão ou nenhuma experiência na política, muitas se consideram também aptas para o cargo de vice, ou no mínimo fazem seus lobbys a favor desse ou daquele indivíduo, alegando, inclusive, que o dito oferece muito mais e melhores condições para o majoritário, seja em votos, financeiramente ou em conceito, quando na realidade tudo gira em torno de conveniências e outros interesses que não vem ao caso.
Em todos os partidos políticos no Brasil existem caciques, os quais se consideram donos das agremiações, usam, utilizam e abusam das siglas como se fosse sua propriedade particular, mandam e desmandam, fazem intimidações, ameaças, e o pior, quando se aproxima de períodos eleitorais, se o candidato do seu partido tiver liderando as pesquisas, ai todos vão conhecer o temperamento, a postura, a personalidade e o caráter do “chefe”.
Pra finalizar, o que chama atenção em todo esse processo de disputas e conveniências, é que depois de eleitos, ser vice de quem quer que seja não manda em nada, principalmente se o mandatário for do tipo que aceitou a composição apenas para concorrer nas eleições.
Ser candidato a vice é bom quando o indivíduo é escolhido unilateralmente pelo candidato majoritário, se possível na hora que ele estiver dormindo e sonhando.
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