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COM 2 MILHÕES DE DOSES JÁ APLICADAS, MOVIMENTO PELA VACINAÇÃO ENTRA EM NOVA FASE

Com aproximadamente 2 milhões de doses da vacina bivalente contra Covid-19 já aplicadas em dez dias, o Movimento Nacional pela Vacinação ganhou um novo reforço de mobilização. Na sequência da campanha que tem como embaixadores Xuxa Meneghel, Margareth Dalcolmo (médica e cientista) e Ivan Baron (influenciador e ativista PcD), mais 17 celebridades vão aderir à causa para elevar os índices de vacinação do país.

São músicos, atores, apresentadores e esportistas. O esforço conta com nomes como Beth Goulart, Emicida, Camila Pitanga, Camila Morgado, Mônica Martelli, Natália Lage, Nivea Maria, Paulo Betti, Caio Blat, Sheron Menezzes, Leandra Leal, Daiane dos Santos, Caio Braz, Douglas Silva, Hebert Conceição, Raíssa Machado e Vinícius Rodrigues.

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PESQUISA IDENTIFICA AMPLA DISSEMINAÇÃO DA HEPATITE C NA BAHIA

Um estudo foi realizado com o objetivo determinar a prevalência e descrever a distribuição geográfica da hepatite C na Bahia, pois esses dados eram desconhecidos até o momento.

O grupo de cientistas, liderado pela pesquisadora Maria Fernanda Grassi, da Fiocruz Bahia, analisou dados de 247.837 exames sorológicos realizados no Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-Ba), entre 2004 e 2013.

Segundo o artigo, a presença de anticorpos da hepatite C foi detectada em amostras de todas as sete mesorregiões e em 31 das 32 microrregiões da Bahia. A prevalência global do vírus no estado foi estimada em 1,3%, correspondendo a taxa de infecção de 21,2 para cada 100.000 habitantes, sendo maior em pessoas do sexo masculino.

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ESTUDO REALIZADO NA BAHIA DESCREVE MUDANÇAS NO PERFIL DE PACIENTES COM COVID-19 GRAVE

Mudanças no perfil de pacientes com Covid-19 internados na unidade de terapia intensiva de um hospital privado, em Salvador, entre a primeira e a segunda onda da pandemia, foram observadas em estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz Bahia. Os resultados do trabalho foram publicados no periódico International Journal of Infectious Diseases, em 10 de agosto.

Os achados da pesquisa demonstraram aumento da proporção de adultos jovens e sem comorbidades com Covid-19 grave durante a segunda onda, logo após a confirmação da circulação local da variante Gama.

A P.1 ou Gama é uma das quatro variantes de preocupação, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com mutações importantes no receptor (RBD) da proteína spike tornando o vírus mais transmissível. As outras variantes são a Alpha (B.1.1.7), Beta (B.1.351) e Delta (B.1.617), esta última encontra-se atualmente em avanço no Brasil e no mundo.

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VACINAS CONTRA COVID-19 MOSTRAM EFETIVIDADE EM IDOSOS, INCLUSIVE PARA A VARIANTE GAMA, APONTA FIOCRUZ

Uma comparação dos dados de vacinação de idosos com os registros de hospitalização e morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou Covid-19 (confirmada ou suspeita) permitiu constatar a efetividade dos dois principais imunizantes aplicados no Brasil na redução de casos graves e hospitalizações. É o que indica a Nota Técnica do Observatório Covid-19 da Fiocruz, publicada nesta sexta-feira (9).

Intitulada Análise de efetividade da vacinação da Covid-19 no Brasil para casos de hospitalização ou óbito, a nota avalia tanto indivíduos imunizados com pelo menos a primeira dose, quanto os imunizados com as duas doses. No primeiro caso, independentemente da vacina contra Covid-19 aplicada, a efetividade foi de 73,7% na faixa dos 60 a 79 anos, e de 63% entre as pessoas com mais de 80 anos.

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PESQUISADOR DA FIOCRUZ BA É CONSIDERADO MAIOR ESPECIALISTA EM LEISHMANIOSE CUTÂNEA DO MUNDO

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Edgar Marcelino de Carvalho, foi considerado, pelo site Expertscape, como o maior especialista em leishmaniose cutânea do mundo. A classificação foi feita com base nas publicações científicas, tendo sido documentado que o cientista publicou 84 artigos sobre o tema, durante os anos de 2010-2021.

No ranking com 66 cientistas que mais publicaram sobre a leishmaniose cutânea no mundo, também constam os pesquisadores da Fiocruz-Bahia, Lucas Pedreira de Carvalho, Aldina Prado Barral e Manoel Barral-Netto.

Na área da leishmaniose cutânea, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é a instituição com pesquisadores mais bem colocados mundialmente. A classificação foi baseada na quantidade e qualidade dos artigos científicos, por meio de pesquisa no banco de dados do PubMed onde foram identificados todos os artigos de periódicos médicos publicados nos últimos dez anos.

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ESTUDO AVALIA IMPACTO DA DOR ARTICULAR PÓS-CHIKUNGUNYA

Pesquisadores da Fiocruz Bahia investigaram os fatores de risco para artralgia persistente em pacientes com chikungunya e seu impacto nas atividades cotidianas. Os resultados do estudo, realizado com 153 pacientes de Salvador com diagnóstico da doença, apontaram uma elevada frequência de pessoas com dores nas articulações após três meses do início da doença (42,5%) e mesmo após um ano e meio (30,7%).

Chama atenção que 93,8% daqueles que permaneceram com dor articular por mais de três meses disseram ter limitações nas atividades diárias, como pentear o cabelo e vestir a roupa, e 61,5% relataram sofrimento mental, como alterações no humor e sinais de depressão.

A pesquisa, coordenada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Guilherme Ribeiro, foi descrita em artigo publicado no periódico International Journal of Infectious Disease. A artralgia (dor nas articulações) é um dos sintomas mais comuns da infecção por chikungunya durante a fase aguda da doença. Passada a fase inicial, os sintomas podem desaparecer completamente ou evoluir para artralgia contínua, que persistindo por três meses ou mais é classificada como crônica. No estudo, o sexo feminino e a idade foram apontados como os maiores fatores de risco para a dor persistente.

Os pesquisadores explicam que a limitação das atividades cotidianas e o sofrimento físico e mental causados pela persistência da dor articular podem levar a ausência do indivíduo do trabalho ou da escola, perda de emprego, observada para 10% dos pacientes que apresentaram dor crônica, e redução da qualidade de vida, gerando impactos no sistema de seguridade social e na economia.

O trabalho também demonstrou que, apesar do impacto da chikungunya na qualidade de vida dos indivíduos, o acesso a cuidados especializados multidisciplinares, como fisioterapia, reumatologia e psicologia, foi baixo dentre os participantes do estudo, provavelmente em decorrência da oferta limitada desses serviços no sistema público de saúde e da impossibilidade de aquisição no atendimento privado.

Diante desses dados, os pesquisadores ressaltam que o desenvolvimento de novas estratégias para mitigar a transmissão da chikungunya e o fornecimento de assistência médica de longo prazo para esses pacientes é urgente.

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PANDEMIA PODE PERMANECER EM NÍVEIS CRÍTICOS EM ABRIL, ALERTA FIOCRUZ

O mais novo Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz alerta que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo do mês de abril, prolongando a crise sanitária e colapso nos serviços e sistemas de saúde nos estados e capitais brasileiras. A análise mostra que o vírus Sars-CoV-2 e suas variantes permanecem em circulação intensa em todo o país. Além disso, a sobrecarga dos hospitais, observada pela ocupação de leitos de UTI, também se mantêm alta. O boletim é produzido pelo Observatório Covid-19: Informação para ação da Fiocruz.

“Ao longo da última Semana Epidemiológica 13, houve uma aceleração da transmissão de Covid-19 no Brasil. Devido ao acúmulo de casos, diversos deles graves, advindos da exposição ao vírus ainda no mês de março, o vírus permanece em circulação intensa em todo o país”, explicam os pesquisadores. Segundo os dados, foi observado ainda um novo aumento da taxa de letalidade, de 3,3 para 4,2%. Este indicador se encontrava em torno de 2,0% no final de 2020. Os pesquisadores do Boletim alertam que esse crescimento pode ser consequência da falta de capacidade de se diagnosticar, correta e oportunamente, os casos graves, somado à sobrecarga dos hospitais.

Com base neste cenário e a partir da premissa de que o “essencial é proteger à saúde e salvar vidas”, os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo estudo, defendem que é fundamental neste momento a adoção ou a continuidade de medidas urgentes, que envolvem a contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos através de medidas bloqueio ou lockdown, seguidas das de mitigação, com o objetivo reduzir a velocidade da propagação. Tendo como referência a Carta dos Secretários Estaduais de Saúde à Nação Brasileira, publicada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) em 1 de março de 2021, a análise aponta para a necessidade de maior rigor nas medidas de restrição das atividades não essenciais para todos estados, capitais e regiões de saúde que tenham uma taxa ocupação de leitos acima de 85% e tendência de elevação no número de casos e óbitos.

Para que se alcance os resultados esperados, o estudo destaca que essas medidas de bloqueio precisam ter pelo menos 14 dias de duração e, em algumas situações, mais tempo, dependendo da amplitude do rigor da aplicação. Na visão dos pesquisadores, é fundamental a adoção de medidas combinadas e complexas, assim como a coerência e a convergência dos poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), bem como dos diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), em favor destas medidas de bloqueio.

“Coerência e convergência são fundamentais neste momento de crise para que as medidas de bloqueio sejam efetivamente adotadas de forma a sair do estado de colapso de saúde e progredir para uma etapa de medidas de mitigação da pandemia, diminuindo o número de mortes, casos e taxas de transmissão e efetivamente salvando vidas”, afirmam.

Dentre as medidas de bloqueio propostas, estão a proibição de eventos presenciais, como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional; a suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país; o toque de recolher nacional a partir das 20h até as 6h da manhã e durante os finais de semana; o fechamento das praias e bares; a adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado; a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual; a adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos; a ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos.

Os resultados da investigação apontam ainda que é fundamental insistir nos esforços para o fortalecimento da rede de serviços de saúde, incluindo os diferentes níveis de atenção e de vigilância, com ampla testagem, compra e ampliação da produção de vacinas, e aceleração da vacinação. “É imprescindível ainda garantir condições para que a população possa se manter em casa protegida, limitando a circulação de pessoas nas cidades apenas para a execução de atividades verdadeiramente essenciais”, orientam os pesquisadores.

Leitos de UTI para Covid-19

Entre os dias 29 de março e 5 de abril de 2021, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentaram reduções em Roraima (de 62% para 49%), Amapá (de 100% para 91%), Maranhão (de 88% para 80%), Paraíba (de 84% para 77%) e Rio Grande do Sul (de 95% para 90%).

Na direção oposta, destaca-se piora em Sergipe, com a taxa subindo de 86% para 95%. Exceto por essas mudanças, os dados obtidos em 5 de abril de 2021 ainda indicam relativa estabilidade do indicador, em níveis muito críticos, na maior parte dos estados e no Distrito Federal.

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BOLETIM DO OBSERVATÓRIO COVID-19 DA FIOCRUZ CHAMA ATENÇÃO PARA ADOÇÃO DE MEDIDAS RÍGIDAS

Divulgado nesta terça-feira (23/3), o novo Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz chama atenção para a necessidade da adoção de medidas rígidas para o bloqueio da transmissão da doença em todos os estados, capitais e municípios que se encontram na zona de alerta crítico.

As principais recomendações apontadas são a restrição das atividades não-essenciais por cerca de 14 dias, para redução de aproximadamente 40% da transmissão, e o uso obrigatório de máscaras por pelo menos 80% da população.

O documento produzido pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz destaca ainda o agravamento do cenário nacional, que apresenta valores extremamente altos de casos e óbitos diários por Covid-19, a preocupante permanência da tendência de aceleração da transmissão do Sars-CoV-2 e o quadro muito crítico das taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.

“Desde o início do mês de março, o país assiste a um quadro que denota o colapso do sistema de saúde no Brasil para o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a Covid-19”, afirmam os pesquisadores do Observatório. “Este colapso não foi produzido em março de 2021, mas ao longo de vários meses, refletindo os modos de organização para o enfrentamento da pandemia no país, nos estados e nos municípios”.

De acordo com os dados, ocorreram, em média, 73 mil casos diários e 2 mil óbitos por dia na última semana epidemiológica analisada (período de 14 a 20 de março de 2021). Além disso, o número de casos cresce a uma taxa de 0,3% ao dia e o número de óbitos por Covid-19 aumentou para 3,2% ao dia, um ritmo ainda maior do que o das semanas anteriores. Também foi observado um aumento desproporcional da mortalidade no país, passando de cerca de 2% no final de 2020 para 3,1% agora em março. “O cenário é preocupante, pois indica que pode estar havendo uma situação de desassistência e falhas na qualidade do cuidado prestado para pacientes com quadros graves de Covid-19”, comentam os especialistas. “A incapacidade de diagnosticar correta e oportunamente os casos graves, somado à sobrecarga dos hospitais, em um processo que vem sendo apontado como o colapso do sistema de saúde, pode aumentar a letalidade da doença, dentro e fora de hospitais”.

Com relação às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, os dados obtidos no dia 22 de março continuam indicando um quadro extremamente crítico no Brasil. O Boletim destaca, na região Norte, a saída do Amazonas da zona crítica para a de alerta intermediário, agora com uma taxa de 79%. Em contraponto, alerta para a piora do quadro na região Sudeste: na última semana, em Minas Gerais, a taxa cresceu de 85% para 93%; no Espírito Santo, de 89% para 94%; no Rio de Janeiro, de 79% para 85%; e em São Paulo, de 89% para 92%. A região Sul e a Centro-Oeste mantiveram taxas superiores a 96%. Piauí (96%), Ceará (97%), Rio Grande do Norte (96%) e Pernambuco (97%) destacaram-se com as piores taxas na região Nordeste.

Os pesquisadores alertam que, neste momento de crise, é urgente a adoção rigorosa das medidas de bloqueio da transmissão na quase totalidade dos estados e capitais que se encontram na zona de alerta crítico, bem como nos municípios que integram regiões de saúde onde há altas taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19. “A coordenação e integração destas medidas, articuladas entre os diferentes níveis de governo e com ampla participação da sociedade, é vital neste momento. Assim, mesmo que vários municípios e estados já venham adotando estas medidas, é fundamental que governos municipais, estaduais e federal caminhem todos na mesma direção para ampliá-las e fortalecê-las, uma vez que a adoção parcial e isolada nos levará ao prolongamento da crise sanitária”, afirmam.

O documento apresenta uma lista de medidas urgentes com o objetivo de conter a crise sanitária e o colapso do sistema de saúde. “Para que essas medidas de bloqueio possam ser bem-sucedidas, elas devem ser adotadas conjuntamente, demandando cerca de 14 dias para que produzam resultados na redução das taxas de transmissão em aproximadamente de 40%, exigindo o monitoramento diário para acompanhar seus impactos na redução de casos, taxas de ocupação de leitos hospitalares e óbitos”, destaca o Boletim, que também toma como base para a recomendação a Carta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e estudos realizados em outros países.

“Ampliar a disponibilidade e o uso de máscaras, tendo como meta que pelo menos 80% ou mais da população as utilize de modo adequado; campanhas de distribuição gratuita de máscaras de pano multicamadas, em áreas e pontos de maior concentração populacional e baixo percentual de uso, combinadas com campanhas governamentais e não-governamentais sobre sua importância e modo correto de utilização devem fazer parte desta estratégia”, complementam os pesquisadores no documento.

“A continuidade dos cenários em que temos o crescimento de todos os indicadores para Covid-19, como transmissão, casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos UTI, resulta em colapso que afeta todo o sistema de saúde no país e no aumento das mortes por desassistência”, destacam os cientistas no Boletim. “Trata-se de um cenário que não é só de uma crise sanitária, mas também humanitária, se consideramos todos seus impactos”.”Ampliar a disponibilidade e o uso de máscaras, tendo como meta que pelo menos 80% ou mais da população as utilize de modo adequado; campanhas de distribuição gratuita de máscaras de pano multicamadas, em áreas e pontos de maior concentração populacional e baixo percentual de uso, combinadas com campanhas governamentais e não-governamentais sobre sua importância e modo correto de utilização devem fazer parte desta estratégia”, complementam os pesquisadores no documento.

“A continuidade dos cenários em que temos o crescimento de todos os indicadores para Covid-19, como transmissão, casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos UTI, resulta em colapso que afeta todo o sistema de saúde no país e no aumento das mortes por desassistência”, destacam os cientistas no Boletim. “Trata-se de um cenário que não é só de uma crise sanitária, mas também humanitária, se consideramos todos seus impactos”.

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COM LEITOS DE UTI LOTADOS, VARIANTES PODEM TER AUMENTADO NÚMERO DE CONTÁGIOS E MORTES NA BAHIA

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) vive o momento mais crítico desde o início da pandemia do novo coronavírus e registrou ocupação de mais de 80% dos leitos de UTI em pelo menos 17 capitais do país. De acordo com o boletim emitido pela Fiocruz, o Brasil tem uma média de 46 mil casos, valor mais elevado que o verificado em 2020, e média de 1.020 mortes por dia ao longo das primeiras semanas de fevereiro. Desde então, “nenhum estado apresentou tendência de queda no número de casos e óbitos”, diz o documento.

Na Bahia, 1.666 leitos estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 74%. As vagas destinadas a adultos em atendimentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegam a 84% de ocupação. A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 72%. Em Salvador, a taxa de ocupação geral é de 84%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 85% e a pediátrica 74%.

O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) e a Vigilância Epidemiológica do estado da Bahia confirmaram que variantes do novo coronavírus, com origens diferentes já circulam no estado. A mesma linhagem do SARS-CoV-2 (Covid-19), presente em Manaus, a B.1.1.7, originalmente detectada no Reino Unido, e uma cepa peruana da SARS-CoV-2, C. 14, estão em circulação na Bahia. Duas dessas variantes são consideradas mais contagiosas e letais. A cepa peruana, no entanto, ainda é observada para confirmar se pode ser mais agressiva ou tem uma taxa maior de contágio.

Angelina de Oliveira, especialista em Saúde Pública e diretora da Padrão Enfermagem Salvador, alerta para os cuidados necessários para conter o contágio após o aumento expressivo de casos de Covid-19 na Bahia e a descoberta de diferentes variantes do vírus circulando no estado. “É preciso reforçar urgentemente as medidas de proteção e prevenção contra a Covid-19. Não aglomerar e evitar sempre retirar a máscara enquanto estiver na presença de outras pessoas, além do uso do álcool em gel, é uma das garantias para se evitar a contaminação pelo vírus.

Ainda de acordo com a especialista, a reclusão é uma medida necessária neste momento e a única forma eficiente para diminuir o número de contágio e mortes no Estado e no país. Angelina de Oliveira acredita que o aumento de casos graves esteja atrelado a disseminação das novas cepas. “Sabemos que há cepas circulando no estado que são mais transmissíveis e agressivas. É possível observar também que a faixa etária dos que sofrem com casos graves diminuiu: pessoas de 30, 40 e 50 anos estão nas UTIs”, pontuou.

Apesar das 129,5 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca já estarem na Bahia, ainda não foi divulgado quando será feita distribuição e a quantidade reservada para os municípios. A subsecretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim, afirmou que as doses serão distribuídas paro os Núcleos Regionais de Saúde, que faz o envio para os municípios. A previsão é que mais 79, 2 mil doses da vacina CoronaVac sejam disponibilizadas ainda no mês de março.

Para a especialista em saúde pública, a vacina deve ser prioridade na pandemia com a explosão e novos casos. “A importância da vacina deve ser uma questão central na crise tratada como prioridade neste momento em que o país atravessa, pois é único tratamento possível para a Covid-19”, diz Angelina de Oliveira.

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BRASIL TEM EXPLOSÃO DE INTERNAÇÕES POR PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS, DIZ FIOCRUZ

O Brasil teve uma explosão de registros de internação de pessoas com insuficiência respiratória grave depois da primeira notificação de um paciente com coronavírus no país, no fim de fevereiro, indicam dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Naquela semana, 662 pessoas foram internadas por doença respiratória aguda, com sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória. Na semana passada, o número saltou para 2.250 pacientes, informa a jornalista Mônica Bergamo, da Folha.

“É um número dez vezes maior do que a média histórica, de cerca de 250 casos de hospitalização nos meses de fevereiro e março, em anos anteriores”, afirma Marcelo Ferreira da Costa Gomes, que coordena sistema de monitoramento da Fiocruz.

O Infogripe, em parceria com o Ministério da Saúde, acompanha dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que pode ser causada por vários vírus. “É uma curva vertiginosa”, diz Gomes. Para ele, os números sugerem a Covid-19 como causa. O Brasil registrou ontem 20 novas mortes, a maior alta em um dia. O total foi a 77. O número de doentes confirmados é de 2.915.

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