Já que o período é de reclusão forçada, nada mais adequado a um cronista que refletir a seu respeito. Olho repentinamente para a minha modesta biblioteca e me ocorre que viver sem a inelutável companhia dos livros, em qualquer tempo, me seria inviável. Ainda mais se é imperativo abandonar as ruas. De modo que ficar em casa não é mais uma opção, mas uma imposição da circunstância. Assim, me parece imperativo dizer que o tempo, além de crônico, é viral.
Só que minhas raízes são errantes. E então, após alguns afazeres profissionais, me encontro caminhando pela cidade, por calçadas que havia bem pouco tempo estavam tomadas por toda sorte de gente no seu ir e vir incessante, frenético. Onde lojistas noticiavam os produtos da última moda, agora encontramos outro tipo de informação: fechados por tempo indeterminado. Não há mais anúncios, mas prenúncios de que dias ainda mais difíceis estão por vir.
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