O monologo “Lindas rosas negras” do dramaturgo, Jorge Batista, exalta a ancestralidade feminina africana, através da narrativa do bisneto de uma matriarca em solo brasileiro. A ideia é que a representatividade feminina seja lembrada como parte importante na construção do Brasil de hoje, destacando na narração a trajetória de vida dessas personagens muitas vezes esquecidas na história.
A apresentação valoriza a arte da representação do teatro e utiliza a linguagem audiovisual com foco na integração do fazer artístico nesse período pandêmico. Destaca também que essa prática de arte na região cacaueira sempre foi realizada por representantes afrodescendentes da cidade de Itabuna e região com alcance estadual e nacional.
No espetáculo, o bisneto faz uma reverência às matriarcas da história da sua vida produzindo no público a reflexão sobre o existir e o perceber-se no mundo contemporâneo. Priorizando o lugar do Saber Ancestral, revela que o corpo negro deve ser um território sempre livre, mesmo tendo sido marcado pela crueldade da submissão do passado e ainda perseguido pela violência do racismo presente na sociedade contemporânea.
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