Vivemos em uma sociedade líquida, como diria o sociólogo Bauman, em que o consumo é estimulado a cada momento nos mais diversos meios de comunicação u nas vivencias, é o consumo pelo consumo, é o consumo como forma de pertencimento, o consumo por fetiche, que dá ideia que nos tornará iguais, o poder mágico do objeto a ser consumido; um carro bacana com uma linda família dentro, um apartamento, roupas da moda e de marcas, celular, etc.
Nesse contexto de sociedade de consumo, a ganância, a ambição, a cobiça, a avidez, a cupidez, o desejo pelo lucro ávido e exagerado, surge a denominada PIRÂMIDE FINANCEIRA, com nomes já conhecidos da população (TELEX FREE, BBOM, D9, TPS CLUB, entre outros), atrai interessados em dinheiro fácil, mediante o mínimo esforço e em pouco tempo. Com o mesmo poder de sedução do velho golpe do bilhete premiado, atividades deste tipo guardam peculiaridades. Sua duração é limitada, o produto oferecido tem pouca relevância ou é oferecido fora de valor de mercado, a propaganda é feita por meio de reuniões e treinamentos servem para impressionar, seduzir pelo “canto da sereia”, hipnotizar os potenciais interessados, tocando em sua fraqueza – pecado capital, a ganância.
Quem de fato ganha nas pirâmides financeiras? O topo da pirâmide, ou seja, os líderes e gerentes, que agem objetivando atrair mais gente, inicialmente pagando certo dividendo para atrair mais e mais, para robustecer a base da pirâmide, ou seja, os incautos que investirão mais e mais. Num segundo momento, eles farão dificuldades nos saques dos dividendos e incentivarão o reinvestimento para “aumentar o lucro” e a atração de mais investidores, pois o objetivo geral de uma pirâmide financeira é de fato o golpe, perpetrado pelos estelionatários.
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