A visita dos Ministros do Turismo Gilson Machado e da Cidadania João Roma a Ilhéus na última terça-feira, revelou conturbencias políticas nas terras da Gabriela. Como dissemos na coluna anterior, causaria estranheza, como de fato causou, a vinda de tamanha comitiva do Governo Bolsonaro em visita ao município governado pelo PSD, partido algoz do Presidente na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia no Senado Federal.
Os discursos dos Ministros e do Secretário Especial da Cultura, Mário Frias foram essencialmente políticos eleitoreiros, com mensagens claras lidas como sendo enviadas por Bolsonaro.
Mas estranheza maior foi a inclusão da visita da equipe Bolsonarista na agenda oficial das comemorações do aniversário dos 587 anos de Ilhéus. Talvez isso fosse até normal, não fosse a ausência do Governador Rui Costa e dos Senadores Otto Alencar e Jaques Wagner no dia anterior (28) data oficial do aniversário.
É sabido que quando da visita oficial de autoridades estaduais ou federais a um município seus respectivos cerimonialistas organizam a formação da mesa oficial respeitando as normas de precedência estabelecidas no velho Decreto 70.274, de 1972.
No entanto, o que se viu na formação da mesa oficial na palestra do Ministro do Turismo foi o total abandono das normas ao não convidar para ocupar o lugar de direito, o Presidente do Poder Legislativo Municipal Jerbson Moraes, presente no recinto e que se retirou em sinal de protesto.
A pergunta que não se pode deixar de fazer é a que, considerando que o cerimonial do evento incluiu dentre as autoridades locais, obviamente o Prefeito anfitrião, mas também o Vice-Prefeito e suplente de Senador Bebeto Galvão, o Secretário de Turismo Fabio Jr. e ainda deu a palavra ao Secretário Municipal de Saúde(?), Geraldo Magela, para supostamente apresentar o Projeto 500 anos de Ilhéus, o que efetivamente não aconteceu, e pior do que isso, foi a infeliz ocupação do tempo com exaltação às comemorações dos 500 anos da Terra Mater.
E porque não convidar o Presidente da Câmara Municipal, Jerbson Morais? Seria uma inoportuna retaliação política patrocinada pelo Poder Executivo ou apenas amadorismo da equipe do cerimonial local?
* Articulista e Marqueteiro Político Leia mais...