Em cartaz há quase 13 anos – desde 26 de novembro de 2006 –, o espetáculo “Teodorico Majestade: as últimas horas de um prefeito” fará sua derradeira apresentação no próximo sábado, dia 28 de setembro, na Tenda Teatro Popular de Ilhéus. Durante sua jornada de apresentações, passou por diversas cidades do país e chegou à Europa. Sua última encenação marca o final de um ciclo que ressaltou o papel político da arte.
A montagem surgiu como um posicionamento do Teatro Popular de Ilhéus diante dos escândalos ocorridos na cidade, e sua repercussão contribuiu para a mobilização da população ilheense contra o então prefeito Valderico Reis, tendo histórica importância na cassação de seu mandato em 2007. O espetáculo é uma sátira política em formato de cordel sobre um prefeito prestes a perder seu mandato por conta de denúncias que vieram a público, construindo um protesto bem-humorado que mostra o lado ridículo dos bastidores da política corrupta e que, ao mesmo tempo, conclama o povo a exercer seus direitos de cidadão.

Inspirada na literatura de cordel, na xilogravura e no cancioneiro nordestino, a peça narra o drama do prefeito da fictícia Ilha Bela, acuado em seu gabinete, cercado pela população revoltada com suas trapaças. Boca-suja e beberrão, o alcaide se vê abandonado pelos seus comparsas e, num ato de desespero para se manter no poder, tenta negociar com o povo, que pede sua cassação imediata. O espetáculo tem texto e direção de Romualdo Lisboa e conta com Ely Izidro no papel do prefeito “Teodorico Majestade”; Takaro Vítor como “Malote”; Tânia Barbosa como “Maria Antônia das Armas; Aldenor Garcia como “Gersinaldo Quina”; e Cabeça Isidoro como o “Cantador”. Além disso, com novos elementos de cena, a obra agora conta também com um quarteto musical que acompanha o espetáculo ao vivo.
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