Por Gilson Nascimento*
Tempos atrás, ganhou espaço na mídia regional o episódio de um acidente de trânsito com mortes envolvendo um veículo que fazia transporte remunerado de pessoas entre municípios. Seria mais uma história de acidente de trânsito com morte, fato corriqueiro do dia a dia das estradas brasileiras, se não fosse à problemática do transporte clandestino de pessoas, que passo a analisar, para opinião do leitor, sob a ótica dos quatro personagens dessa história:
Primeiro os condutores clandestinos, chamados de alternativos; segundo, as empresas concessionarias do transporte público intermunicipais, legalmente constituídas; terceiro, os órgãos de fiscalização e em quarto as pessoas que precisam do transporte para mobilidade.
Nosso primeiro personagem, o profissional do Transporte “Alternativo Clandestino”, nasceu de uma nova realidade funcional, impulsionada pela recessão econômica, o avanço da tecnologia e a desqualificação da mão de obra gerando desemprego. Assim, observando a demanda existente, deixada pela lacuna do transporte de massa, vários pais de família (estima-se que na região aproximadamente 800 veículos), em sua grande maioria homens e mulheres de bem, se arriscam diariamente pelas rodovias do Estado, levando e trazendo pessoas de forma remunerada, garantindo o sustento de suas famílias, mesmo sabendo da ilegalidade e da clandestinidade desse serviço.
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